11/08/2015
De chapinha na chuva ou com um pijama feio amarelo
Toda descabelada mesmo, é assim eu te quero...
Com a velha calça jeans, de Tpm, unha por fazer
Mesmo de mal comigo, eu te quero...
Com todos falando "eles não dão certo"...
Sem maquiagem de manhãzinha
Quero amor Mesmo gordinha...
Depois dos filhos
Das estrias e cansada
Continuarei te querendo, amor
Eu te quero amor
Como Deus fez e desenhou!
Eu te quero amor
Como tinha que ser, te quero amor
Como eu te quero!
De: Alex Souza
Para: Bia
06/08/2015
Ela é o tipo de garota que você não encontra por ai, em uma baladinha sertaneja ou eletrônica. Ela passa o sábado a noite lendo um livro ou escrevendo algo, talvez mais uma lista, sabe se lá de quê, ela ama listas, pode ser uma lista de coisas para fazer amanhã, uma lista de coisas para fazer no resto do fim de semana ou na próxima semana, uma lista do supermercado talvez, uma lista de países que um dia vai visitar, uma lista de motivos para amar alguém, a atualização da lista de amigos - alguns nomes foram riscados -, uma lista de desejos, a lista dos prováveis nomes que vai dar para os filhos que ela nem pretende ter, ou ela não esta fazendo nenhuma lista, só esta escrevendo.
Ela é o tipo de garota que tem manias estranhas - como as listas por exemplo -, mas depois que conhece bem, se torna normal e você até adquire algumas dessas manias.
É difícil se aproximar, ela está sempre na defensiva, tenta mudar, mas é automático, não porque já sofreu demais ou sei lá o quê, ela só segue o conselho da mãe: "não fale com estranhos", primeiro você precisa mostra-la que você não será um estranho e tem que fazer isso em um tempo record, ela gosta de pessoas que já criam intimidade rápido, fica mais segura achando que conhece a pessoa.
Ela é o tipo que anda com um lápis na mão e um livro na outra, seus livros são todos rabiscados e seu corpo também, tatuagens de canetas feitas diariamente e retiradas no próximo banho. Ela faz faculdade, tem um grupo que sempre faz trabalho com ela, mas tirando os assuntos do trabalho ela não fala com eles. Na apresentação de trabalho ela fica nervosa, já tem tudo na cabeça, basta uma lida - ela tem memória fotográfica -, mas o papel com a cola do assunto treme junto com a mão, sobe ao palco e fala em voz alta sem gaguejar, como se estivesse acostumada com aquilo - não a apresentar, a falar.
Ela é o tipo que passa mais tempo acariciando o sua gata - Chica IV - do que pensando em seu guarda-roupa e em seus sapatos, as vezes pensa nos sapatos quando está causando o All-Star Chuck Taylor todo rasgado, pensa que tem que comprar um novo, "quanto tiver tempo e dinheiro".
Ela é o tipo de garota que merece um texto, por que ela é real e não apenas mais uma pose para a foto.
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05/08/2015
Já li várias crônicas sobre os vinte e tantos anos, mas imagina o que é ter 18 sem ter ideia do que ao menos quer estar fazendo aos 20 e tantos anos. Como vou saber do que reclamar, quando a hora chegar?
Se aos 20 e tantos anos você olha pra si mesmo e percebe que não é nada daquilo que sonhou quanto tinha 16/17, imagina quando se tem 18 e acabou de concluir o ensino médio e a sociedade inteira está olhando para você e esperando a resposta do "vai fazer o que agora?", e pior, a única coisa que vem na sua cabeça é "eu não faço a menor ideia", mas para não assusta-los você responde que vai fazer faculdade de medicina, foi o que aquele teste vocacional que eu fiz pela internet falou.
Mas é obvio que não vai, você desmaia quando vê sangue. Mas e agora? Você precisa fazer alguma coisa, vai ser sustentado pela sua mãe o resto da vida? Imagina o que a sociedade vai falar de você, seu vagabundo.
Você então entra em um curso técnico - "Vai ter mais oportunidade de emprego, você é novo" -, mas em menos de 2 semanas você já não suporta a voz do professor e foi obrigado a fazer dupla com um garoto de 14 anos, que não entende nem de religião e nem de política, mas insiste em discutir sobre os dois. Desiste e volta a passar 20 horas do seu dia na frente do computador e diz para a mãe que não tem tempo de ir a academia, ganhou 2 quilos.
Escreve crônicas para um blog na internet sobre os 20 e tantos anos, mas só tem 18 e não faz ideia do que está reclamando.
Se aos 20 e tantos anos você olha pra si mesmo e percebe que não é nada daquilo que sonhou quanto tinha 16/17, imagina quando se tem 18 e acabou de concluir o ensino médio e a sociedade inteira está olhando para você e esperando a resposta do "vai fazer o que agora?", e pior, a única coisa que vem na sua cabeça é "eu não faço a menor ideia", mas para não assusta-los você responde que vai fazer faculdade de medicina, foi o que aquele teste vocacional que eu fiz pela internet falou.
Mas é obvio que não vai, você desmaia quando vê sangue. Mas e agora? Você precisa fazer alguma coisa, vai ser sustentado pela sua mãe o resto da vida? Imagina o que a sociedade vai falar de você, seu vagabundo.
Você então entra em um curso técnico - "Vai ter mais oportunidade de emprego, você é novo" -, mas em menos de 2 semanas você já não suporta a voz do professor e foi obrigado a fazer dupla com um garoto de 14 anos, que não entende nem de religião e nem de política, mas insiste em discutir sobre os dois. Desiste e volta a passar 20 horas do seu dia na frente do computador e diz para a mãe que não tem tempo de ir a academia, ganhou 2 quilos.
Escreve crônicas para um blog na internet sobre os 20 e tantos anos, mas só tem 18 e não faz ideia do que está reclamando.
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